Jovem de 15
anos cria teste que detecta três tipos de câncer em cinco minutos
Jack Andraka
planeja iniciar testes clínicos com o sensor e colocá-lo no mercado em dez
anos; prêmio de US$ 75 mil será usado para as pesquisas
Aqueles
que acreditam que os jovens não têm condições de ensinar nada aos mais velhos
vão se surpreender com o norte-americano Jack Andraka, 15 anos, responsável
pela invenção de um detector de câncer. O sensor, que é feito de papel,
identifica três tipo de câncer (de pâncreas, ovário e pulmão).
Primeiramente, Andraka se debruçou sobre o câncer
pancreático. O motivo? Um amigo de seu irmão morreu por causa da doença.
"Fiquei interessado pela descoberta precoce, fiz uma tonelada de
investigações e tive essa ideia", afirmou o jovem, durante a sua
apresentação na Feira Internacional de Ciência e Engenharia da Intel.
O método, que lhe rendeu o primeiro lugar no prêmio da
Intel, descobre o câncer de pâncreas de forma até 168 vezes mais rápida que os
aparelhos usados atualmente. Além disso, fornece resultados 90% mais precisos,
400 vezes mais sensíveis e 26 mil vezes mais baratos do que os métodos atuais.
O custo é de três centavos de dólar e o resultado chega em menos de cinco
minutos.
O sensor criado pelo adolescente pode testar urina ou sangue
e, se o resultado for positivo para a proteína mesotelina, indica que o
paciente tem câncer no pâncreas. A tira de papel utilizada, muda conforme a
quantidade da proteína no sangue e isso pode, de acordo com Andraka, detectar o
câncer antes mesmo dele se tornar invasivo.
Seu prêmio de US$ 75 mil será usado para as pesquisas.
Andraka pretende estudar para se tornar um patologista. Enquanto isso, ele
planeja iniciar testes clínicos com o sensor e colocá-lo no mercado em dez
anos.
Poluição e câncer de pulmão
Por falar em câncer, recentemente, a Agência Internacional
da Organização Mundial da Saúde para Pesquisa sobre o Câncer (Iarc) anunciou
oficialmente, pela primeira vez, que a poluição do ar é uma substância cancerígena
- assim como o amianto, o fumo do tabaco e a radiação ultravioleta.
A professora de bioestatística da Escola de Saúde Pública da
Universidade de Harvard, Francesca Dominici, alerta: "Você pode optar por
não beber ou não fumar, mas você não pode controlar se você está ou não exposto
à poluição do ar. Você não pode simplesmente decidir não respirar".
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